sexta-feira, 30 de julho de 2010

UESCC realiza 3º Encontro de Cultura Alternativa


Nas próximas oito semanas a União dos Estudantes de Santa Cruz do Capibaribe (UESCC) realizará encontros nas escolas da Capital da Sulanca onde serão oferecidas oficinas de teatro, dança, capoeira, poesia, percussão, salas de cinema e debates.

O evento, que contará com o apoio do INEC, Banco do Nordeste, da Funarte e do Ministério da Cultura, terá como destaque o dia 18 de setembro quando todas as escolas visitadas apresentarão os trabalhos desenvolvidos nas oficinas e a apresentação de atrações musicais.

PROGRAMAÇÃO

Dia 01/08 /2010 – UESCC NA ESCOLA – Escola Malaquias Cardoso

Dia 08/08/2010 – UESCC NA ESCOLA – Escola Sevy Barros

Dia 15/08/2010 – UESCC NA ESCOLA – Escola Senador José Ronaldo

Dia 29/08/2010 – UESCC NA ESCOLA – Escola Municipal São Domingos

Dia 05/09/2010 – UESCC NA ESCOLA – Escola Dr. Adilson Bezerra

Dia 12/09/2010 – UESCC NA ESCOLA – Escola Padre Zuzinha


TODOS OS SÁBADOS, ÀS 20 HORAS, TEM CINE UESCC na Sede da UESCC, localizada a Rua Antônio Pereira de Abreu, s/n, por trás da Escola Padre Zuzinha.

Dia 18 de setembro de 2010 acontece o grande 3º ENCONTRO DA CULTURA ALTERNATIVA, com exposições, amostras e Shows com várias bandas.

PROGRAMAÇÃO DAS SANTAS MISSÕES


QUIZENA MISSIONÁRIA DA FAMÍLIA

Do dia 1º ao dia 15 de agosto de 2010

DIA – 01/08/2010 - DOMINGO

19:30h

Celebração do envio na Igreja de São Cristóvão. Todos os missionários estejam presentes

De segunda a sábado, visita às Famílias

DIA – 08/08/2010 - DOMINGO

Enceramento das visitas às famílias com uma carreata, tendo início às 18h e 20 minutos, saindo da Rota do Mar e percorrendo diversas ruas de nossa cidade chegando até à Igreja de São Cristóvão, onde teremos a Celebração da Santa Missa

DIA – 09/08/2010 - SEGUNDA-FEIRA

Semana Missionária, com confissões na Matriz do Senhor Bom Jesus dos Aflitos e São Miguel, e missa 10h para todos os doentes e à tarde, visita a alguns doentes de nossa Paróquia que não puderem vir à matriz pela manhã

DIA – 10/08/2010 - TERÇA-FEIRA

As Santas Missões acontecem no setor de Santa Tereza, compreendendo Comunidades de Santa Tereza, São Lucas e São José (a nova Comunidade que está surgindo). Confissões durante o dia e à noite momento celebrativo das Santas Missões

DIA – 11/08/2010 - QUARTA-FEIRA

19:30h

Casamentos Comunitários na Igreja de São Cristóvão.

No setor de São Miguel, as Santas Missões acontecem nas Comunidades de Santo Expedito e Nossa Senhora das Graças, no salão comunitário de Santo Expedito, por ser maior. Confissões durante à tarde e momento celebrativo das Santa Missões

DIA – 12/08/2010 - QUINTA-FEIRA

Na Matriz do Senhor Bom Jesus dos Aflitos e São Miguel, confissões pela manhã

19:30h

Momento das Santas Missões para a família (aqui, compreende-se todas as famílias, os movimentos familiares, como também todas as famílias de segunda UNIÃO, quem é de grupos ou não). Também de todas as comunidades da Cidade e Rurais

DIA – 13/08/2010 - SEXTA-FEIRA

As Santas Missões acontecem no setor de Nossa Senhora da Conceição no Bairro da Palestina, compreendendo Comunidades de Nossa Sra. da Conceição, Santo Antônio de Santana Galvão, São Pedro do Oscasão e Comunidade do Arco Verde (a nova comunidade que está surgindo)

Confissões na parte da manhã e à noite momento celebrativo das Santas Missões

Também no dia 13/08, no setor RURAL de nossa Paróquia, setor Poço Fundo, Santas Missões com as comunidades Santo Antônio, Carrapicho, Carrapicho Velho e Poço da Lama. À noite momento celebrativo

DIA – 14/08/2010 - SÁBADO

Dia dos Jovens e das famílias, com caminhada à noite e celebração da Santa Missa na Igreja São Cristóvão, às 19:30h.

DIA – 15/08/2010 - DOMINGO

06:30h

Saída para Caruaru, sede de nossa DIOCESE, onde teremos muitas comemorações durante o dia. Cada Comunidade, assim como cada movimento e cada pastoral, levar uma faixa.

Também no domingo, para quem não pode ir à Caruaru, haverá Missas às 7h e 30 minutos na Igreja Matriz e também na Igreja de Santa Tereza.

OBS

Essas duas Missas serão as únicas do dia. Tudo o mais será em Caruaru.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Pedofilia na internet: Ela pode estar perto de você. Saiba como detectar e onde denunciar

A aprovação, na CPI da Pedofilia (que foi criada em março de 2008), do requerimento que determinou a quebra de sigilo de 3.261 álbuns privados hospedados no site de relacionamentos Orkut representou um avanço no combate a este tipo de crime. Afinal, a internet, principalmente o Orkut, é considerada o paraíso dos pedófilos.

Levantamento feito pela ONG SaferNet, especialista em crimes na rede, mostrou um aumento de 37.1% do número de páginas no Orkut de pornografia infanto-juvenil denunciadas à organização no primeiro semestre no período de 2008 a 2009. Diante dessas estatísticas e da dificuldade de encontrar os criminosos, o papel de pais e responsáveis por fiscalizar o conteúdo acessado pelas crianças e adolescentes na rede é fundamental.

Apesar de a maioria dos crimes de exploração sexual infantil acontecer no ambiente doméstico, o aumento da pedofilia na internet é preocupante. O presidente da Safernet, Thiago Tavares, conta que a produção do conteúdo pornográfico ocorre tanto fora quanto dentro da internet. Além da gravação e posterior divulgação dos abusos sexuais, os pedófilos convencem meninos e meninas em salas de bate-papo a se exporem por meio de webcams, o que é gravado nos computadores dos criminosos.

As denúncias recebidas pela Safernet indicam ainda que os pedófilos não costumam se apresentar como adultos, passando-se por crianças ou adolescentes para ganhar a confiança dos jovens. De acordo com Carolina Padilha, coordenadora do Instituto WCF Brasil, organização associada à World Childhood Foundation, o pedófilo cria laços de amizade com a vítima para se aproximar e, até mesmo, marcar um encontro. Por isso, os indícios deste tipo de crime são muito sutis.

"Os pais sempre devem observar a reação da criança em frente ao computador. Eles devem desconfiar se ela começa a se isolar para usar a internet, se começam a acessar em horários diferentes, se fecham as telas do micro quando alguém entra na sala. O principal indício, tanto nos casos de abuso sexual em casa, quanto nos casos de pedofilia na internet, é a mudança de comportamento", explica Carolina Padilha.

Ainda de acordo com Carolina, a melhor forma de prevenção é acompanhar as reações das crianças em frente ao computador. Ela explica que os menores devem ser orientados a não fornecerem dados pessoais - como nome, endereço - não enviarem fotos para amigos virtuais, não aceitarem propostas de encontro sem avisar aos responsáveis e sempre avisarem quando alguma foto recebida ou acessada os perturbar ou causar estranhamento.

"O que a gente orienta é uma conversa franca. Os pais devem procurar saber quem são os amigos do Orkut, do MSN. Não é um controle, mas uma presença educativa. Os filtros bloqueadores até funcionam, mas não adianta se a criança não sabe por que aquilo está sendo usado. Aí fica proibição por proibição. A gente tem que entender que a internet faz parte da vida dessas crianças, não podemos proibir", explica a coordenadora.

Se constatados alguns dos indícios expostos por Carolina, o primeiro passo é estabelecer um diálogo. Segundo o psicólogo Cláudio Augusto Vieira, da Associação Nacional de Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Amced), o adulto deve iniciar uma conversa acolhedora e tranquila, porque a criança não tem consciência do que está acontecendo com ela. Vieira lembra que professores, médicos e outras pessoas próximas à criança também são boas fontes para relatar alguma mudança de comportamento.

Segundo dados da Campanha Nacional de Combate à Pedofilia na Internet de cada cinco crianças que navegam na rede de computadores, uma recebe proposta de um pedófilo. Em média, a cada 33 crianças, uma já se comunicou pelo telefone, para viagens ou encontros, com agressores sexuais. Em 12 anos de campanha, o site da rede de computadores da campanha contra a pedofilia recebeu mais de 150 mil denúncias.

O cidadão pode utilizar o disque 100, do governo federal, para denúncias ou informações sobre abusos ou exploração sexual de crianças e adolescentes. A ligação é gratuita e sigilosa.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

CONDECA e Conselho Tutelar participam de Seminário Nacional

Auditório da UFRPE estava lotada

Nos últimos dias 13, 14 e 15 de julho o auditório da Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE - ficou lotado para prestigiar o Seminário Nacional: 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente. O evento teve inicio na tarde do dia 13 onde foi possível refletir sobre as rupturas e continuidades de uma Lei que, desde o ano de 1990, criou uma nova sensibilidade jurídica e assistencial sobre a questão da infância em nosso país. Durante os três dias houve debates, palestras e mesas redondas sobre: políticas públicas e infância no Brasil, no contexto do ECA; infância, familia e comunidade; infância e negritude; infância e indígena; violência sexual e doméstica praticada contra criança e adolescente entre outros temas.

Santa-cruzenses estiveram presentes

Conselheiros Tutelares e de Direitos da Criança e do Adolescente de todo o estado estavam presentes e como Santa Cruz do Capibaribe sempre participa, inclusive promovendo eventos, desta vez não iria ficar de fora. Nesta ocasião estava sendo representado pelo conselheiro tutelar Laércio Glicério (foto) e as conselheiras do CONDECA - Conselho Municipal dos Direitos das Criança e do Adolescente - Vera Lúcia e Alcione (foto).

Deputado Federal Paulo Rubem e o conselheiro tutelar Laércio Glicério

O seminário foi promovido pela Escola de Conselhos de Pernambuco que reuniu pesquisadores, acadêmicos, operadores do Sistema de Garantias de Direitos da Criança e do Adolescente e parlamentares como o Deputado Federal Paulo Rubem Santiago que manteve uma conversa prolongada com o conselheiro tutelar de nossa cidade, Laércio Glicério. O seminário foi uma oportunidade de discutir os caminhos e descaminhos de operacionalidade do Estatuto e, assim, contribuir com o fortalecimento do ideário que concebe as crianças e adolescentes como sujeitos de direitos, prioridade absoluta.

Ouvindo conselhos

20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente

No último dia 13 o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA - completou 20 anos de consolidação como algo inovador no que se refere à criança e ao adolescente. Trata-se de uma ação também de protagonismo infanto-juvenil promovido pela promulgação da Lei 8.069, de 13 de julho de 1990.

Este é um importante momento para avaliarmos a implementação do ECA em suas duas décadas de existência, além de possibilitar amplo processo de discussão e reflexão sobre o tema.

O Estatuto é baseado nos seguintes preceitos: é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, crueldade e opressão.

Dentro dos avanços que podemos destacar a visibilidade dada à criança e ao adolescente, que passa a ser pauta de várias ações a partir do ECA. Antes, a criança e o adolescente não eram pensados como sujeitos cidadãos e com direitos estabelecidos, mas eram pensados apenas a partir das medidas punitivas dos códigos de menores de 1927 e 1979.

Outro avanço advindo com o ECA foi a criação de instrumentos que permitam a proibição de ações violentas contra as crianças e os adolescentes e a aplicação de medidas punitivas aos violadores dos direitos.

Porém, o que pode ser considerado como maior avanço é a prioridade absoluta que se deve ter com as crianças e os adolescentes, passando principalmente pelo diálogo, pois esse mecanismo nos possibilita pensar como algo essencial e especial à atenção que se deve ter a essa faixa etária.

Portanto, devemos comemorar os 20 anos de Estatuto da Criança e do Adolescente levando em consideração o que precisamos fazer pelos próximos 20 anos.

Gilson Julião é conselheiro tutelar em Santa Cruz do Capibaribe

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completa 20 anos

Teresa Leitão elaborou duas leis que fazem referência ao ECA

A sociedade brasileira comemora os 20 anos de avanços no cuidado com a infância que proporcionou o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Federal 8.069 de 13 de julho de 1990.

A deputada Teresa Leitão elaborou duas leis que tomam como referência o conteúdo do estatuto. Na Lei 12.911/2005, que modificou a Lei do Direito do Aluno, Teresa propôs que em todos os concursos públicos na área de educação em Pernambuco o estatuto fosse conteúdo obrigatório, o que é fato hoje.

Já a Lei 13.718/2009 institui a "Semana Estadual da Criança e do Adolescente", prevendo atividades de conscientização da importância da proteção da infância como um pressuposto de uma sociedade mais sadia e mais justa.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Pedofilia: a violência pode estar em casa

Estatística mostram que os maiores alvos dos pedófilos estão dentro do seio familiar

O caso do tenente da PM preso ao ser flagrado com uma criança de 12 anos em uma pousada de Aracaju despertou a discussão para uma violência silenciosa que atinge muitos lares sergipanos: a pedofilia. O tenente Antônio Carlos Bezerra, do Batalhão Especial de Segurança Patrimonial da Polícia Militar, foi preso em flagrante pelo Grupamento Tático de Motos (GETAM) na capital em uma pousada na Avenida Euclides Figueiredo no final de mês de junho.

No Brasil, a idade de consentimento para o sexo, é de 14 anos, conforme o Código Penal que define “estupro de vulnerável” o ato de “ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos, com pena de reclusão de 8 a 15 anos, independente se houve ou não violência real”. Ou seja, se um adolescente menor de 14 anos praticar algum ato sexual, presume-se legalmente a violência sexual, ainda que o mesmo tenha realizado o ato sexual por livre e espontânea vontade.

De acordo com a coordenadora da delegacia de Grupos Vulneráveis, Georlize Teles, a estatística mostra que os maiores alvos dos pedófilos estão dentro do seio familiar. “Geralmente essas crianças abusadas têm medo do agressor. Na exploração, a criança não vê uma ameaça. Se a família dá apoio à denúncia e avaliação dos órgãos de proteção concluir que não há perigo, ela fica em casa. Caso contrário ela vai para uma instituição de acolhimento do Estado”, diz.

Segundo a delegada Georlize, a definição da pedofilia é caracterizada pela satisfação sexual tida com uma criança ou com alguém com características infantis e pode ser dividida em dois grupos. “Nesse caso você pode ter criminalmente o ‘abuso sexual’ e a ‘exploração sexual’. O segundo é o caso do tenente em que a criança explorada recebe alguma compensação. Aí é que entra a família, pois caso ela perceber que a criança chega em casa com dinheiro, com roupa nova, deve ter alguma coisa errada”, aponta.

A delegada conta que hoje a sociedade tem mais mecanismos para denunciar essa prática. “A pedofilia é prática antiga, a cultura de que o homem que se relaciona com uma menina é mais macho, mais homem, ainda existe.

A criança que é abusada sexualmente muda o comportamento, por exemplo se ela é uma criança extrovertida, passa a ficar mais introvertida. É preciso que as pessoas fiquem alerta e denunciem esses casos”, pede.

No próximo dia 7 de julho o Conselho Municipal da Criança e do Adolescente vai comemorar os 20 anos da criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) com um grande evento. Entre as principais discussões está a presença de crianças e adolescentes desacompanhados dos pais em locais de hospedagem como hotéis e pousadas.

Segundo o presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, Robson Anselmo, a questão da pedofilia é uma área extremamente melindrosa. “É uma violência escondida, é difícil estabelecer uma ação mais contundente quanto a isso. O que tem sido feito é uma divulgação das mazelas, mas as iniciativas ainda são incipientes”, conta.

As pessoas que presenciarem e quiserem denunciar qualquer tipo de abuso ou exploração sexual tem canais diretos que são repassados para a Delegacia de Grupos Vulneráveis. O telefone para denúncias pode ser 100 nacional.

As diferenças entre pedofilia, violência, abuso e exploração sexual

Em sua origem grega, a palavra pedofilia significa "amar ou gostar de crianças", sem nenhum significado patológico.
De acordo com estudiosos, o termo pedófilo surge como adjetivo no final do século 19, em referência à atração de adultos por crianças ou à prática efetiva de sexo com meninos ou meninas.
Atualmente, o termo é usado de forma corrente para qualquer referência a ato sexual com crianças e adolescentes, desde a fantasia e o desejo enrustidos até a exploração comercial, passando pela pornografia infantil e a realização de programas com crianças e adolescentes.
O assédio, a pornografia, o abuso, o programa e a exploração comercial estão tipificados na legislação penal e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O uso comum, no entanto, confunde crime com doença.
Não se pode, por exemplo, fazer uma lei contra a cleptomania (o impulso doentio de roubar), mas a lei prevê punições para roubos e furtos.
Da mesma forma, não é possível punir a pedofilia (o desejo), porém a lei estabelece pena para a prática de violência sexual, explica o diretor-presidente da SaferNet Brasil (organização não governamental que desenvolve pesquisas e ações de combate à pornografia infantil na internet), Thiago Tavares.
A coordenadora do Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, Leila Paiva, destaca que a pedofilia deve ser vista como uma doença, um problema na área de saúde. "Não significa que o pedófilo é criminoso."
"Confunde-se muito o crime de abuso sexual com a pedofilia. A pedofilia é um diagnóstico clínico, não é um diagnóstico de atos de crimes.
O sujeito pode ser um pedófilo e nunca chegar a encostar a mão em uma criança", detalha a psicóloga Karen Michel Esber.
Ex-coordenadora do Programa de Atendimento ao Autor de Violência à Sexualidade de Goiânia, a psicóloga chama a atenção para o risco de confusão no senso comum.
"Da mesma forma que é possível que um pedófilo não pratique qualquer abuso sexual, os que efetivamente cometeram abuso sexual podem não se enquadrar no diagnóstico da pedofilia."
Para Maria Luiza Moura Oliveira, psicóloga social do mesmo programa, há uma "pedofilização" dos abusos cometidos contra menores. "O abusador sexual não é necessariamente pedófilo.
A doença não traduz toda a relação de violação de direitos contra as crianças. A pedofilia é um pedaço da história. Acontece independentemente de ter pedofilia ou não."
A historiadora e socióloga Adriana Miranda, que participou por mais de dois anos de um projeto de pesquisa e extensão da Universidade Federal de Roraima sobre violência sexual contra crianças e adolescentes, lembra que a pessoa que se diz pedófila em julgamento pode fazer isso como estratégia de defesa. "Isso, no entanto, não impede que a pessoa tenha que ser punida. " O secretário executivo do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Benedito Rodrigues dos Santos, também tem essa preocupação. "
Há uma tendência em transformar todos os casos de pedofilia em doença mental. Eu quero alertar para o perigo disso.
Muitos são conscientes e muitos têm problema. É preciso distinguir uma coisa da outra na hora de estabelecer a responsabilização."
Para a médica psiquiatra Lia Rodrigues Lopes, do Hospital Universitário de Brasília, mesmo que a pedofilia seja considerada doença, há entendimento de que o problema não impede que "a pessoa tenha discernimento quanto ao certo e ao errado e que, portanto, possa tomar medidas para prevenir esse comportamento".
Entenda a diferença: Pedofilia: Consta na Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) e diz respeito aos transtornos de personalidade causados pela preferência sexual por crianças e adolescentes.
O pedófilo não necessariamente pratica o ato de abusar sexualmente de meninos ou meninas.
O Código Penal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) não preveem redução de pena ou da gravidade do delito se for comprovado que o abusador é pedófilo.
Violência Sexual: A violência sexual praticada contra crianças e adolescentes é uma violação dos direitos sexuais porque abusa e/ou explora do corpo e da sexualidade de garotas e garotos.
Ela pode ocorrer de duas formas: abuso sexual e exploração sexual (turismo sexual, pornografia, tráfico e prostituição).
Abuso sexual: Nem todo pedófilo é abusador, nem todo abusador é pedófilo. Abusador é quem comete a violência sexual, independentemente de qualquer transtorno de personalidade, se aproveitando da relação familiar (pais, padrastos, primos, etc.), de proximidade social (vizinhos, professores, religiosos etc.), ou da vantagem etária e econômica.
Exploração sexual: É a forma de crime sexual contra crianças e adolescentes conseguido por meio de pagamento ou troca.
A exploração sexual pode envolver, além do próprio agressor, o aliciador, intermediário que se beneficia comercialmente do abuso.
A exploração sexual pode acontecer de quatro formas: em redes de prostituição, de tráfico de pessoas, pornografia e turismo sexual.
Mato Grosso MT Dados apontam que 80% dos casos ocorrem entre crianças de 2 a 10 anos de idade.
No Brasil, a cada oito minutos uma criança é abusada. Em 2008, foram registrados 32.588 denúncias.
Em Cuiabá e Várzea Grande, dados da Delegacia de Defesa da Criança e do Adolescente (Dedica) mostram que em 2008 foram 734 ocorrências de crimes contra menores de 18 anos.
Já no primeiro semestre de 2009, este número subiu para 907, dos quais, em média, 40% das ocorrências dizem respeito a crimes de abusos e exploração sexual contra o menor.
Mobilizar a população a denunciar os pedófilos este será o grande desafio em 2010.
E a sociedade precisa participar dessa luta, que deve ser de todas as pessoas de bem, finalizou o presidente da ONG MT Contra a Pedofilia Toninho do Gloria.
Vamos combater a pedofilia denunciando, destacou O presidente da ONG MT Contra a Pedofilia Toninho do Gloria. ”.
Como resultado, tem-se vislumbrado, a cada dia, mais denúncias de pedofilia nas cidades, como em Cuiabá, que registrou aumento de 88% nas ocorrências envolvendo violência sexual quando comparados os anos de 2008 e 2009.
Enquanto no ano passado foram registrados 127 casos, no ano anterior foram 68. Os dados são dos seis Conselhos Tutelares da Capital, conforme divulgação feita na imprensa nesta última semana.
Toninho do Gloria informou à imprensa que a ONG MT Contra a Pedofilia vai enviar ofício a todas as delegacias de Polícia Civil do Estado, a todos os Conselhos Tutelares de Menores em Mato Grosso, ao Ministério Público e a todos os órgãos municipais e estaduais que atendem casos de agressão a crianças e adolescentes que enviem relatório de todas as ocorrências registradas em todas as modalidades.
O objetivo, explicou o presidente da ONG MT Contra a Pedofilia Toninho do Gloria, é a formação de um “banco de dados” estadual sobre a violência praticada em MT contra esse público – especialmente a sexual.

Fonte: Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes com assessoria .(Movimento MT Contra Pedofilia)

terça-feira, 13 de julho de 2010

Palestra no CESAC para alunos de Pedagogia

No último dia 12, os alunos do curso de Pedagogia do CESAC tiveram a oportunidade de conhecer e debater melhor o Estatuto dos Direitos da Criança e do Adolescente (ECA), que completa 20 anos no dia 13 de julho. A palestra foi realiza pelo Conselho Tutelar, a convite da professora Avanísia.

O Conselho estava sendo representado pelos conselheiros Gilson Julião e Laércio Glicério que falaram sobre Direitos da Criança e do Adolescente, abordando principalmente questões relacionadas a
criação do ECA, o Sistema de Garantias de Direitos, atribuições do Conselho Tutelar, da familia, da sociedade e da escola.

Um dos momentos mais intenso foi o debate sobre a questão dos fatores que levam a evasão escolar no qual vem sendo prioridade nas ações do Conselho Tutelar.

Crianças embaladas pelo maracatu

40 crianças fazem parte do projeto, meta é chegar a 100

Uma mistura de sons, cores e sorrisos. Essa é a primeira impressão de quem acompanha um ensaio do grupo Maracatu Capibaribe, composto por aproximadamente 40 crianças da comunidade do bairro São Jorge.

Para fazer parte do grupo existem alguns requisitos como ter entre 08 e 14 anos, está matriculado e ter um bom rendimento escolar e aceitar trocar o vídeo game, a TV e a internet pelas alfaias ABs e demais instrumentos que em instantes começam a executar um repertório repleto de músicas pernambucanas que passeia pelo maracatu, ciranda, loas e cocos de roda.

No ensaio no último sábado (10) a platéia era composta por outras crianças, parentes dos pequenos músicos, pelo conselheiro tutelar Laércio Glicério e pelo juiz de direito Tito Livio.

Ao Diário da Sulanca o juiz chegou a afirmar que não tem como calcular o tamanho de um projeto como esse que além de resgatar crianças das ruas o projeto ainda levanta a alto-estima dos pequenos músicos.

Laércio Glicério (Conselheiro) e o Juiz Tito Livio entraram na brincadeira

“É um projeto de uma importância que não podemos nem dimensionar, de tão grande e tão bom que é. Além de tirar a criança da droga, da marginalidade, ele devolve para a criança o que é essencial para o seu desenvolvimento, que é a auto-estima, acreditar em si, e ter uma atividade saudável e essa auto-estima vai fazer com que ela se desenvolva em todas as suas áreas, estudo, trabalho, lazer. É uma excelente iniciativa” afirmou Tito Livio.

Para o coordenador do projeto, Alencar Lopes, os obstáculos iniciais foram superados com muita garra e amor a música. E só com o apoio de alguns amigos é que começaram a surgir instrumentos para a garotada.

“Nosso primeiro apoio foi uma doação do COMDECA de R$ 669,19 investidos em algumas alfaias, depois nos apresentamos na Escola Antonio Gomes e passamos a contar com o apoio da população. Quando ministrei um curso de maracatu para a Secretaria de Desenvolvimento Social pedi que minha remuneração fosse em instrumentos e hoje temos 42 músicos no nosso grupo, mas nossa meta é chegar a 100 crianças” relatou Alencar.

Graziela, 11 anos e Rafael, 14, trocaram as ruas pela música

Entre os pequenos músicos estão Graziela da Conceição, 11 anos, que conduz o seu instrumento como quem conduz um parceiro de dança.

“É bom tocar aqui, todo mundo gosta. No primeiro dia não tinha quase nenhum instrumento, eu ia passando, vi vários amigos e me chamaram. To aqui até hoje” afirmou.

Já para Rafael de Andrade, 14 anos, o Maracatu Capibaribe é uma oportunidade de fugir das tentações da rua e de conseguir ser alguém na vida.

“No lugar de esta fazendo alguma coisa pela rua to aqui tocando instrumento, aprendendo música, coisas novas. Meus amigos me chamaram, eu não sabia nem o que era, vim no primeiro dia e achei bom e hoje to aqui. Penso em continuar, ser um grande músico na vida” sonha o pequeno Rafael.

“Para esses meninos e meninas essa oportunidade é única e eles não querer perder essa chance. Nós que temos hoje um compromisso com as crianças e adolescentes não podemos deixar de apoiar uma iniciativa como essa” declarou o conselheiro tutelar Laércio Glicério.

domingo, 11 de julho de 2010

Plantões dessa semana.

Segunda dia 12.07: Gilson e Edimauro

Terça dia 13.07: José Alves e Marcos

Quarta dia 14.07: Gilson e Laércio

Quinta dia 15.07: Edimauro e Marcos

Sexta dia 16.07: José Alves e Laércio

Sábado dia 17.07: José Alves e Laércio

Domingo dia 18.07: José Alves e Laércio

Telefones: 3731 3845 ou 9285 7222

terça-feira, 6 de julho de 2010

Campanha do Ministério Público do Trabalho

Nestas eleições algumas obrigações são previstas para os candidatos entre elas está a de que os partidos devem se abster de utilizar ou contratar, diretamente ou por meio de terceiros ou quaisquer de seus candidatos, criança ou adolescente com menos de 16 anos.

A fiscalização será feita pelo MPT, pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, pelo Ministério Público Estadual, pelo Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, pelos Conselhos Tutelares, etc, tendo vigência em todo o estado. O descumprimento de cada obrigação será multado em R$ 10 mil, por criança e ou adolescente encontrado em situação irregular e por obrigação descumprida. A multa será revertida ao Fundo de Infância e Adolescência ou convertida em doações.

Plantões do Mês de Julho do Conselho Tutelar

07-07: Gilson / Laércio

08-07: Marcos / Edimauro

09-07: Laércio / José Alves

10-07: Marcos / Edimauro

11-07: Marcos / Edimauro

12-07: Gilson / Edimauro

13-07: Marcos / José Alves

14-07: Gilson / Laércio

15-07: Marcos / Edimauro

16-07: Laércio / José Alves

17-07: Laércio / José Alves

18-07: Laércio / José Alves

19-07: Gilson / Edimauro

20-07: Marcos / José Alves

21-07: Gilson / Laércio

22-07: Marcos / Edimauro

23-07: Laércio / José Alves

24-07: Laércio / José Alves

25-07: Laércio / José Alves

26-07: Gilson / Edimauro

27-07: Marcos / José Alves

28-07: Gilson / Laércio

29-07: Marcos / Edimauro

30-07: Laércio / José Alves

31-07: Gilson / Edimauro