Nos últimos anos tem sido freqüente a incidência de casos e denúncias de homens respeitados pela sociedade, e em estágio de maturidade considerável, manterem, por meios vis e sádicos, relações sexuais com crianças e/ou adolescentes. Religiosos, políticos, profissionais da saúde já foram desmascarados com uma sexualidade desviante que infringia princípios éticos e morais, além de se constituírem em atitudes inescrupulosas e obscenas, passíveis de punição legal e de sansões sociais.
A pedofilia não é algo novo, um fenômeno surgido em uma sociedade de uma moral decadente. Pelo contrário, pela nossa moral está tão em alta, concebemos como hedionda uma prática que há muito tempo era considerada de fazer brilhar os olhos dos envolvidos em orgulho digno de celebração. Em algumas sociedades antigas, os mestres militares se enamoravam dos seus soldados jovens e em desenvolvimento físico, a fim de os habilitarem para combates e os tornarem homens. As relações sexuais se pautavam na hierarquia de poderes e submissões.
Na literatura do fim do século XIX, o psiquiatra Krafft-Ebing definia o impulso sexual de um adulto, numa situação de vantagem de poder, para um indivíduo ainda em fase de desenvolvimento físico como pedofilia. Nesta mesma época o neurologista e psicanalista Sigmund Freud também tratava a pedofilia como uma aberração sexual perversa, onde estavam contidos traços, além dos perversos, de neurose obsessivo-compulsiva e de psicoses.
Segundo os especialistas no assunto, os médicos alemães Briken, Hill e Berner, há dois tipos gerais de pedófilos: os reativos e os violentos. O primeiro se caracteriza como um sujeito frustrado por não conseguir relacionamentos equilibrados com adultos, sexualmente inexperiente, vítima de freqüentes humilhações amorosas e com possíveis atrasos psicomotores. Acabam escolhendo crianças, que são mais indefesas, para compensar seus “traumas”. No grupo dos violentos estão mais bem caracterizados os sujeitos socialmente desajustados, sádicos, que buscam apenas a satisfação sexual através da dor alheia; o sexo é utilizado, não para estabelecer um relacionamento íntimo, mas como uma auto-afirmação de poder sobre o outro, onde o sofrimento da criança é o objeto de seu gozo.
A pedofilia, no entanto, não pode ser vista como um fenômeno em que os criminosos são apenas pessoas estranhas ou desconhecidas, ou que não fazem parte do círculo de afetos da criança, às vezes o criminoso sexual pode ser alguém bem mais próximo. A maioria dos casos é de pedofilia incestuosa, quando o abusador é alguém da família, ou que mantém laços de afeto com suas vítimas
O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069/90) tornou obrigatória a notificação dos casos de abusos sexuais em crianças. E ainda há um serviço online de denúncias, o site www.denuncia.org.br, quando o abuso sexual é acometido via internet.
Ulisses Nascimento, estudante de Psicologia pela Universidade Estadual da Paraíba.
A pedofilia não é algo novo, um fenômeno surgido em uma sociedade de uma moral decadente. Pelo contrário, pela nossa moral está tão em alta, concebemos como hedionda uma prática que há muito tempo era considerada de fazer brilhar os olhos dos envolvidos em orgulho digno de celebração. Em algumas sociedades antigas, os mestres militares se enamoravam dos seus soldados jovens e em desenvolvimento físico, a fim de os habilitarem para combates e os tornarem homens. As relações sexuais se pautavam na hierarquia de poderes e submissões.
Na literatura do fim do século XIX, o psiquiatra Krafft-Ebing definia o impulso sexual de um adulto, numa situação de vantagem de poder, para um indivíduo ainda em fase de desenvolvimento físico como pedofilia. Nesta mesma época o neurologista e psicanalista Sigmund Freud também tratava a pedofilia como uma aberração sexual perversa, onde estavam contidos traços, além dos perversos, de neurose obsessivo-compulsiva e de psicoses.
Segundo os especialistas no assunto, os médicos alemães Briken, Hill e Berner, há dois tipos gerais de pedófilos: os reativos e os violentos. O primeiro se caracteriza como um sujeito frustrado por não conseguir relacionamentos equilibrados com adultos, sexualmente inexperiente, vítima de freqüentes humilhações amorosas e com possíveis atrasos psicomotores. Acabam escolhendo crianças, que são mais indefesas, para compensar seus “traumas”. No grupo dos violentos estão mais bem caracterizados os sujeitos socialmente desajustados, sádicos, que buscam apenas a satisfação sexual através da dor alheia; o sexo é utilizado, não para estabelecer um relacionamento íntimo, mas como uma auto-afirmação de poder sobre o outro, onde o sofrimento da criança é o objeto de seu gozo.
A pedofilia, no entanto, não pode ser vista como um fenômeno em que os criminosos são apenas pessoas estranhas ou desconhecidas, ou que não fazem parte do círculo de afetos da criança, às vezes o criminoso sexual pode ser alguém bem mais próximo. A maioria dos casos é de pedofilia incestuosa, quando o abusador é alguém da família, ou que mantém laços de afeto com suas vítimas
O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069/90) tornou obrigatória a notificação dos casos de abusos sexuais em crianças. E ainda há um serviço online de denúncias, o site www.denuncia.org.br, quando o abuso sexual é acometido via internet.
Ulisses Nascimento, estudante de Psicologia pela Universidade Estadual da Paraíba.
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